O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou após reunião com a presidente Dilma Roussef e governadores do Norte e Nordeste, que a reformatação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) poderá sem implementada “num futuro próximo”.
“Em pouco tempo poderemos ter um grande acordo para a reformatação do ICMS no Brasil”, disse Mantega. Segundo ele, o objetivo é modernizar ao tributo que mais causa problemas na produção e garantir que os estados tenham mais capacidade de investimentos para desenvolvimento regional. "Estamos ficados no ICMS, depois vamos tratar de outros temas da agenda tribnutária".
Os governadores defenderam compensações para a entrada em vigor de uma nova alíquota interestadual de ICMS e entregaram um documento conjunto com medidas a serem encaminhadas tanto no âmbito executivo como legislativo.
De acordo com o Mantega, entre as medidas compensatórias defendidas pelos estados está a convalidação dos benefícios fiscais já concedidos pelos governos estaduais, a revisão da correção das dívidas estaduais junto ao governo federal, o uso de tributos federais para a implementação de políticas de desenvolvimento regional que estimulem a instalação de empresas no Norte e Nordeste e a mudança no modelo de tributação das operações de comércio eletrônico, que hoje se dá na origem e não no destino.
“É necessário uma medida que equilibrasse a tributação entre estados produtores e consumidores, para que haja compartilhamento. Hoje o tributo é exclusivamente cobrado no estado que origina [a mercadoria]”, disse Mantega.
O ministro disse que o governo vê com "simpatia" essas medida desde que foram aprovadas "no bojo da redução do ICMS".
Guerra fiscal
Preocupado com a decisão do Supremo Tribunal Federal de declarar a “guerra fiscal” promovida pelos estados como inconstitucional, Mantega disse que o governo pretende reduzir a alíquota do ICMS.
“Esse modelo se esgotou. Estamos propondo a modificação dessa estrutura tributária, reduzindo o tributo interestadual. Fiz essa proposta a todos os governadores”, afirmou. A chamada “guerra fiscal” é a prática de governos estaduais de conceder isenção ou alíquota menor do que a do IMCS a empresas específicas.
"Ao longo desses anos os governos deram benefícios fiscais específicos e, como estão sendo questionados judicialmente, há possibilidade de serem eliminados, o que deixaria os estados em situação difícil. Os concedidos até agora estariam válidos e não ficariam sujeitos a ações", disse o ministro.
Fonte: Globo
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